quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Por que adoro ficar olhando para as taças de vinho rosé geladas?


Acho que  uma das minhas “paisagens” preferidas nas férias de verão é a do copo de vinho rosé bem gelado.  Claro que imagens de praia e campo melhoram esta paisagem,  mas se estiver em Sampa, só o copo na minha frente já me faz sentir bem!

As tonalidades indo do muito claro, quase transparente, passando pelo salmão, rosa pálido, alaranjado, rosa mais intenso ou rosa super intenso, são todas lindas! Se a gente come com os olhos, a gente também bebe com os olhos, e neste caso, o rosé encanta os meus.



Muito chato ficar discutindo didaticamente os processos de vinificação, as castas e sua influência na cor, mas vamos a um resumo rápido e despretensioso.

A cor e a estrutura do rosé são derivadas das características das uvas tintas utilizadas e do processo de elaboração do vinho, incluindo aqui o tempo em que o mosto fica em contato com a casca, técnicas de maceração e possíveis "blends" com castas brancas.

Para facilitar as coisas, aqui na WinePro costumamos dizer que ao tomar um rosé, temos lembranças das características da uva tinta utilizada no processo de vinificação, além do que chamamos de a “mão do enólogo”.

O famoso Rosè da Provence utiliza principalmente as uvas  Grenache, Syrah , Cinsault e Mouvedre, todas castas tintas, e é tradicionalmente vinificado no intuito de obtenção de um vinho leve, claro e elegante. Na foto abaixo alguns exemplares, o Château Saint-Hilaire Couvée One, o Château Saint-Hilaire Provance, o Château L'escarelle e o Mes Bastides.



No antigo e no novo mundo do vinho, os rosés varietais, elaborados com uma única casta, ou os blends de uvas  são bastante comuns e colaboram para o grande portfólio de rótulos disponíveis, de todos os estilos, cores, intensidades e aromas para agradar a gregos e baianos!

Na foto abaixo alguns varietais, como o Nacional Guaspari Rosé, elaborado com a uva Syrah, o Chileno Santa Digna, elaborado com a uva Cabernet Sauvignon e o Americano Beringer, elaborado com a uva Zinfandel.


Representando os Rosés elaborados com "blends" de uvas tintas, abaixo os Portugueses Versátil Rosé (Trincadeira, Aragonês e Alfrocheiro) e BIS Rosé (Touriga Nacional e Aragonês), ambos do Alentejo na foto acompanhados do Português Manz Rosé, um varietal da casta Castelão produzido na região de Cheleiros, Lisboa.



Falando sobre vinhos Rosés, impossível não falar  do“Clarete”, que consiste em um vinho  que é resultado do processo da vinificação de uvas tintas e brancas em conjunto, muito utilizado na Espanha.  Na próxima foto, representando este país o "Clarete" elaborado com as uvas Viura (branca) e Garnacha (tinta) Tremendus, da Região de Rioja ao lado do Rosé de Garnacha Sonrojo, da Região de Navarra. Mesmo país, diferentes estilos e regiões, uma uva em comum e ambos maravilhosos!


São muitas opções e só há um jeito de conhecer esses vinhos e descobrir qual o seu preferido: Bebendo!  Precisa de litragem, como dizemos por aqui!

Pode ser que você descubra que como eu, gosta de todos, dependendo do seu estado de espírito, do local e da comida.

Saúde!