quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Uma história Bacana que vale um post. Ótimos vinhos que fazem parte dela. Inclusive um vinho contador de estórias e um varietal único no mundo.



Conhece a uva Jampal? Não se preocupe, você não é o único, já que é uma uva quase extinta. Que tal um varietal desta uva? Vamos conhecer este vinho e também o vinho contador de estórias.


A vida é que imita a arte!  Há 30 anos, André Manz foi jogar futebol em Portugal. Identificou oportunidades no mercado esportivo de Fitness e fez sucesso com empresário na terrinha.

Em 2005 comprou um vinhedo em Cheleiros, região de encostas íngremes e rochosas em Lisboa, e redescobriu uma casta quase extinta, a Jampal. Montou uma vinícola boutique, a ManzWine e iniciou uma produção de vinhos com foco em qualidade, incluindo um varietal da casta Jampal que é o único no mundo. 
Produz outros ótimos vinhos com uvas das regiões de Cheleiros, Alto Douro e Península de Setúbal. Tem dois rótulos entre os 50 melhores vinhos de Portugal. Continua investindo em qualidade e o futuro promete!

Vamos ter a oportunidade de receber nesta sexta dia 23/10 e no sábado dia 24/10, o Raul Silva, para degustar cinco rótulos produzidos pela ManzWine.


Vamos iniciar a degustação com o Manz Cheleiros Dona Fátima, que é o varietal de uvas Jampal, que é o único desta casta no mundo.

Este vinho é Floral e Frutado, traz uma frescura de cítricos, e uma complexidade advinda do estágio em barricas novas. É elegante e delicado, além de único, fato que já vale por si a degustação. Está entre os top 50 portugueses.

O segundo vinho que será degustado é o Manz Rosé, produzido 100% com Uvas Castelão. A uva Castelão traz um rosé bem aromático, com predominância de frutas vermelhas frescas.

O terceiro vinho será o Manz Platônico. Neste vinho, elaborado com o corte de Aragonez, Castelão e Touriga Nacional, busca-se obter de forma equilibrada toda a complexidade das castas típicas portuguesas. O resultado é um vinho cor rubi, com aromas de frutas maduras e notas florais, com personalidade e equilíbrio na boca.


O quarto vinho será o Manz Douro –  Produzido no Alto Douro Vinhateiro, com as uvas Touriga Nacional e Tinta Roriz. Este vinho tem uma cor intensa e violácea, apresenta aromas complexos de frutas maduras, compotas e especiarias, muita estrutura, é um vinho que enche a boca!



E por fim iremos degustar a estrela da casa, o Manz Contador de Estórias.

Vinho de corte elaborado a partir das castas  Touriga Nacional, Syrah, Petit Verdot. Este vinho provocante, passa por  estágio em carvalho francês e americano. Cor granada, aromas complexos de frutas maduras, blackbarries, especiaris, couro, na boca apresenta persistência, bons taninos, boa acidez, mas é equilibrado, elegante. Muito sofisticado, está entre os top 50 portugueses.

Você está convidado para a degustação, que será aqui na winepro- www.winepro.com.br , na sexta feira 23/10 e no sábado 24/10 a partir das 15:00 hs,


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Guaspari Syrah Vista do Chá, um grande vinho resultado de inovação, tecnologia e percepção de uma nova região vinícola.





Adoramos ser surpreendidos. Se me falassem que seria possível produzir um vinho em São Paulo, divisa com Minas Gerais, eu diria que sempre é possível fazer um vinho, mas teria grandes dúvidas com relação à qualidade. Pois é, eu estava errada.

Tivemos o prazer de degustar o Guaspari Syrah Vista do Chá no último domingo, dia 11/10, e ficamos gratamente surpresos!

É um excelente vinho, apresenta uma cor rubi intensa, aromas complexos de frutas maduras, cacau, café, especiarias, um bom equilíbrio na boca, uma boa persistência!  Ficamos encantados, mais ainda por ser resultado da aposta da Família Guaspari na produção de vinhos em uma fazenda que produzia café, a 200 km do centro de Espírito Santo dos Pinhas, SP, na divisa com Minas Gerais.



A família observou através das características da região, com altitude entre 1.000 e 1.300m, amplitude térmica entre 10ºC e 12ºC na época da colheita (que é feita no inverno) e o solo xistoso, poderia ser bom para videiras viníferas e investiu na pesquisa e na tecnologia para viabilizar o projeto de produção de vinhos.
Em 2006 iniciou-se uma produção experimental em seis hectares, utilizando variedades francesas selecionadas a partir das análises iniciais. O primeiro vinho foi produzido em 2008. Hoje já são 50 hectares de vinhedos.




Para viabilizar a produção, foi utilizada uma tecnologia inovadora, a transferência da safra do verão para o inverno. Esta tecnologia permitiu uma melhora significativa do terroir com relação ao clima, que no inverno fica muito parecido com as grandes regiões vinícolas.

A tecnologia está presente em todas as etapas do processo, no laboratório de ponta, nos cuidados com o terroir, nos processos de irrigação, na colheita manual, nos processos de vinificação, nos ciclos de estágio em madeira, e na linha de engarrafamento.


Hoje a vinícola comercializa dois produtos, O Syrah Vista da Serra e o Syrah, Vista do Chá. 

Outros vinhos estão por vir! Que venham!

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Vamos combinhar - Parte 2. Combinou mesmo?

Fizemos as harmonizações propostas no post anterior aqui na WinePro, na terça feira dia 06/10, com os clientes que participaram do nosso Curso Básico - Modulo I, O Processo de Elaboração do Vinho.


O que é harmonização afinal? Na nossa opinião é quando o vinho cresce com a comida e a comida cresce com o vinho. É quando é bem melhor junto do que separado, é o casamento feliz.

As harmonizações sugeridas foram todas muito corretas e adequadas, mas duas foram maravilhosas, então achei interessante dividir aqui no blog.

Ao final do curso, sempre perguntamos aos participantes qual harmonização gostaram mais, fazemos um ranking de preferências, discutimos opiniões, porque afinal, o importante é a experiencia da degustação.

A harmonização que fez mais sucesso tanto entre os clientes que estavam participando do curso como entre os sommeliers, mais acostumados à prática,  foi a do vinho Sul Africano Classic Chenin Blanc da KWV com o Queijo Brie Assado.


De última hora decidimos não colocar mel ou geleia de damasco, seguindo a sugestão do André Santos, da importadora Devinum que nos prestigiou com o patrocínio e a presença. 

Este  vinho é bem refrescante, com aromas frutados. Sabemos que é a acidez dos cítricos que imprime a refrescância desde maravilhoso branco, mas esta acidez poderia não harmonizar bem com o doce da geléia ou do mel, então substituímos por uma generosa porção de nozes, mais neutra no doce, mas que acrescentou uma crocância ao queijo.

Foi maravilhosos, pois aconteceu exatamente o que queríamos defender, o vinho cresceu com o queijo e o queijo cresceu com o vinho.

A outra harmonização que cabe destacar, foi a do Vinho do Porto Quinta da Revolta Tawny com a Mousse de Chocolate meio amargo.


Quem gosta de harmonização sabe da dificuldade de harmonizar vinhos com chocolate. O chocolate, pela sua característica de persistência do sabor na boca, costuma "matar" os vinhos de sobremesa. Confirmamos que o Porto, que é um vinho fortificado (acrescenta-se aguardente vínica, a famosa bagaceira, no processo de fermentação, aumentando o teor alcoólico), tem estrutura suficiente para acompanhar as sobremesas à base de chocolate. Também ficou ótimo, da próxima vez talvez acrescente frutas vermelhas maduras na mousse.

Deu água na boca?, Venha buscar os vinhos para harmonizar no feriadão!