Os dias continuam quentes, mas a noite está mais fresca e o friozinho tem dado o ar da graça. A previsão do tempo indica que durante o final de semana as mínimas na faixa dos 15° se mantêm. Bom para matar aquela vontade de beber um tinto mais encorpado!
Pensei em falar um pouco sobre alguns vinhos nesta categoria
e selecionei 4 rótulos incluindo velho mundo e novo mundo.
Para começar escolhi um vinho Português do Alentejo de nome
Alento.
Vinho de corte, elaborado com as uvas regionais Aragonez,
Trincadera, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, é produzido e engarrafado pela
Adega do Monte Branco de propriedade de Luis Louro.
Sem passagem por carvalho, é um vinho de boa
intensidade, com taninos equilibrados presentes, com os aromas frutados bem
típicos. Trata-se de um vinho jovem, fácil de harmonizar, mas que enche a boca.
Nunca tentei, mas acho que iria maravilhosamente bem com carne de pato.
Quando pensamos em vinhos tintos mais encorpados do novo mundo, o Malbec Argentino é sempre lembradoe não poderia faltar neste pequena lista.
Gosto muito do
Hacienda Los Haroldos, Reserva de Família Malbec 2011. É um varietal produzido pela Bodega Los Haroldos, situada
em Mendonza, de propriedade da Família Falasco. O cuidadoso processo de
vinificação inclui um estagio em barril de carvalho francês e americano por 12
meses e guarda por 6 meses na garrafa.
No nariz apresenta aromas de frutas vermelhas maduras, berries
escuros e a baunilha característica do estagio em carvalho. Na boca é potente,
com taninos arredondados. Vinho para a harmonização clássica, com carne vermelha e/ou
carne de caça. Um belo “asado”, que é como que os argentinos chamam o “churrasco”.
Se você estiver disposto à investir um pouco mais, sugiro um
vinho italiano da Toscana. A sugestão é o Rosso de Montalcino Castello Banfi, é
um Vinhão.
Produzido com 100% de uva Sangiovese Grosso, uva também
conhecida como Brunello, o vinho
apresenta aromas sofisticados de compota de frutas vermelhas, senti um aroma de
goiabada quando degustei. O Brasão na garrafa de vidro traz uma sofisticação que agrada aos olhos! Na boca apresenta taninos presentes e equilibrados, potência,
bom retrogosto (que é como chamamos a persistência do sabor e sensações na boca
após beber).
Um vinho como este, claro, vai com todas as harmonizações
clássicas, mas para abrir uma garrafa dessas eu escolheria um carré de cordeiro,
uma perna de cabrito, um guisado ou ragu de carne especial, em resumo, uma carne
especial acompanhada ou não de um molho encorpado.
Para finalizar, como estamos em tempo de crise, vai uma
sugestão de um ótimo vinho com custo benefício melhor ainda, o vinho chileno Paranal Carménère.
Corretíssimo, é o vinho de entrada (mais simples e barato) da Viña Willian Cole. A uva Carménère, originária de Bourdeaux e hoje só encontrada no Chile, já traz um certo charme ao vinho, advindo da exclusividade. A cor rubi intensa também. Nariz de berries escuras, alguma especiaria, bom corpo e bom equilíbrio. E o melhor de tudo, não dá nenhum remorso de harmonizar com pratos mais simples do dia a dia, ou com aquela pizza do domingo.
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